CUANDO EUROPA ERA EL MUNDO
El mundo al revés está a la vista: Con la izquierda a la derecha, el ombligo en la espalda y la cabeza en los pies.
PATAS ARRIBA, LA ESCUELA DEL MUNDO AL REVÉS
EDUARDO GALEANO
EL PATRIARCA
( Ha visto a Nadie )
En un sillón de cuero recamado
se abandona el patriarca.
A sus pies el cadáver de Gandhi.
Es el fin del Imperio dice uno.
Al patriarca se le va la mano.
El mayordomo de la reina
acude a colocársela.
El león y el unicornio
pelean por la corona,
-No hay caso- dice el rey-
esta corona es mía.
Los ojos del patriarca
se caen de cansancio.
-¡No veo a nadie!, grita.
-Pues Nadie ya es ver mucho-
le contesta Alicia-
yo sólo veo a alguien.
Una legión de muchachas perdidas
atraviesa el espejo.
Mil jóvenes airados se preguntan
dónde poner las pólizas.
Y los sijs desenrendan
su pelo para siempre.
Al pie de la laguna
en donde Shiva se enamora.
Verónica Pedemonte Morillo Velarde]
Cuando Europa era el mundo (Las Palmas 2006)
jueves, 26 de mayo de 2011
lunes, 23 de mayo de 2011
domingo, 8 de mayo de 2011
David Mourão-Ferreira
As últimas vontades
Deixa ficar a flor,
a morte na gaveta,
o tempo no degrau.
Conheces o degrau:
o sétimo degrau
depois do patamar;
o que range ao passares;
o que foi esconderijo
do maço de cigarros
fumado às escondidas...
Deixa ficar a flor.
E nem murmures.Deixa
o tempo no degrau,
a morte na gaveta.
Conheces a gaveta:
a primeira da esquerda,
que se mantém fechada.
Quem atirou a chave
pela janela fora?
Na batalha do ódio,
destruam-se,fechados,
sem tréguas,os retratos!
Deixa ficar a flor.
A flor? Não a conheces.
Bem sei.Nem eu.Ninguém.
Deixa ficar a flor.
Não digas nada.Ouve.
Não ouves o degrau?
Quem sobe agora a escada?
Como vem devagar!
Tão devagar que sobe...
Não digas nada.Ouve:
é com certeza alguém,
alguém que traz a chave.
Deixa ficar a flor.
David Mourão-Ferreira
Deixa ficar a flor,
a morte na gaveta,
o tempo no degrau.
Conheces o degrau:
o sétimo degrau
depois do patamar;
o que range ao passares;
o que foi esconderijo
do maço de cigarros
fumado às escondidas...
Deixa ficar a flor.
E nem murmures.Deixa
o tempo no degrau,
a morte na gaveta.
Conheces a gaveta:
a primeira da esquerda,
que se mantém fechada.
Quem atirou a chave
pela janela fora?
Na batalha do ódio,
destruam-se,fechados,
sem tréguas,os retratos!
Deixa ficar a flor.
A flor? Não a conheces.
Bem sei.Nem eu.Ninguém.
Deixa ficar a flor.
Não digas nada.Ouve.
Não ouves o degrau?
Quem sobe agora a escada?
Como vem devagar!
Tão devagar que sobe...
Não digas nada.Ouve:
é com certeza alguém,
alguém que traz a chave.
Deixa ficar a flor.
David Mourão-Ferreira
domingo, 1 de mayo de 2011
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